Professores municipais ocuparam nesta terça-feira (22) o Viaduto do Chá, em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, e realizaram assembleia na qual aprovaram a continuidade da greve da categoria.
Os profissionais da educação decretaram greve em 15 de abril, após rejeitarem a proposta do governo municipal de reajuste anual de 2,6%, a partir de 1º de maio de 2025, e de 2,55%, a partir de 1º de maio de 2026.
A manifestação de hoje teve início no final da manhã e se dirigiu à Avenida Paulista, onde permaneceu até por volta de 15h. O ato unificou os sindicatos que representam os cerca de 70 mil profissionais, que reivindicam que o reajuste dos salários não seja inferior à inflação anual acumulada.
Além disso, os servidores municipais cobram: a incorporação aos salários dos 44% pagos como abono complementar de pisos salariais para ativos e aposentados da educação; o fim dos 14% de contribuição previdenciária, considerada desproporcional pela categoria; a redução de jornada de trabalho para profissionais de outras categorias da educação, como inspetores e merendeiras; e melhores condições de prevenção à saúde.
A prefeitura ingressou na Justiça com ação para a instalação de dissídio coletivo de greve, com pedido de liminar, concedida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O juízo determinou o funcionamento das escolas com pelo menos 70% dos profissionais de educação, com pena de multa diária de R$10 mil para cada sindicato envolvido na greve.
A categoria deve se mobilizar novamente na quarta-feira (23), quando a proposta salarial da prefeitura tem previsão de avaliação na Câmara dos Vereadores, onde há possibilidade de votação em sessão extraordinária. Nova assembléia foi convocada para quinta-feira, também na sede do legislativo paulistano.
*Estagiário sob supervisão de Eduardo Correia