Ribeirão Pires

Ribeirão Pires resgata três araras Canindé em menos de uma semana

Animais não são nativos da região e foram encontrados em bairros distintos; após análise, poderão ser devolvidas ao seu habitat natural

Em menos de uma semana, a equipe de Bem-Estar Animal da Prefeitura de Ribeirão Pires atuou em ocorrências envolvendo araras da espécie Canindé, resgatadas em situações irregulares em diferentes pontos do município. Os animais foram recolhidos e seguem sob cuidados veterinários.

Após investigação, documentos apresentados por supostos tutores foram considerados inconsistentes. Araras passarão por triagem e podem ser devolvidas ao seu habitat natural, conforme protocolo ambiental, se os documentos necessários não foram comprovadamente validados.

Diante das denúncias e avistamentos, a equipe do município foi acionada e realizou o resgate de três exemplares da espécie em bairros distintos: Jardim Nossa Senhora de Fátima; Soma, em Ouro Fino, e Jardim Iramaia. Os animais foram levados ao Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal para cuidados e avaliação clínica.

Segundo os responsáveis pelo resgate, o primeiro passo é verificar se as araras possuem qualquer tipo de identificação legal, como anilhas ou microchips. Esses mecanismos são obrigatórios em criações regulamentadas e ajudam a rastrear a origem dos animais. No entanto, as aves encontradas não apresentavam tais registros.

“Algumas pessoas chegaram a se apresentar como supostos donos das araras e apresentaram documentação para tentar reaver os animais. No entanto, após análise detalhada, os documentos foram considerados sem autenticidade comprovada. A equipe técnica também investiga o histórico dessas declarações e, ainda, não encontrou vínculo real entre os papéis e os animais resgatados”, explicou o subsecretário de Fauna, Marcus Leap.

Enquanto durar a apuração, as araras permanecerão sob os cuidados da equipe veterinária da Prefeitura. Elas passam por exames clínicos que avaliam o estado nutricional, o escore corporal e possíveis sinais de maus-tratos ou deficiência física. O objetivo é assegurar o bem-estar e a recuperação dos animais.

De acordo com a secretaria de Clima, Meio Ambiente e Habitação, caso não sejam apresentados documentos válidos que comprovem a guarda legal das aves, as araras serão destinadas a um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), onde poderão ser reabilitadas e, posteriormente, repatriadas ao seu habitat de origem.

“A atuação conjunta entre poder público e sociedade civil é essencial para a construção de uma cidade que respeita e protege seus animais, contribuindo também para o equilíbrio ecológico e o combate ao tráfico de espécies silvestres”, finalizou o secretário da pasta, Temistocles Cristofaro.

A criação ilegal de espécies silvestres é crime ambiental, previsto na Lei Federal nº 9.605/98. Ribeirão Pires mantém um setor ativo para denúncias anônimas, incentivando a população a colaborar com a preservação da fauna por meio do número 4824-4197 ou pelo Aplicativo Ribeirão Pires Digital.

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