Santo André

Em boicote ao iFood, Fhoresp faz campanha para que empresas deixem aplicativo e migrem para a concorrência

Para Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo, com anúncio da Rappi e o retorno da 99Food, disputa entre plataformas on-line de entrega de comida derruba monopólio e favorece mercado e consumidores

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) está em campanha para que o setor deixe de utilizar o iFood, detentora de quase 90% do mercado. Para a entidade, a plataforma, não de hoje, prejudica os empresários do segmento, ao praticar taxas exorbitantes e não ter critério seguro para o credenciamento dos restaurantes – só para citar algumas das falhas. Com o anúncio de isenção de cobrança de tarifas por parte de outras gigantes do setor, a Fhoresp acredita na quebra do monopólio e, a partir daí, numa relação mais equilibrada entre restaurantes, bares, padarias e lanchonetes e os intermediadores dos serviços de entrega de comida.

Na segunda-feira (5/5), a Rappi anunciou isenção de tarifa para novos e os atuais parceiros pelos próximos três anos. Representando mais de 500 mil estabelecimentos no estado de São Paulo, a Fhoresp considera esta uma oportunidade providencial para os empresários da Alimentação Fora do Lar migrarem para outras plataformas:

“Tentamos, ao longo dos últimos anos, negociar, de todas as formas, com o iFood. Porém, ela é inflexível. As taxas excessivas que pratica, inclusive, fazem com que, praticamente, os restaurantes trabalhem para ela. O monopólio não fez bem ao Ifood, que estabeleceu uma relação predatória e de dominância com os parceiros”, aponta o diretor-executivo da Federação, Edson Pinto.

O representante da Fhoresp também critica a forma como o iFood cadastra os estabelecimentos – isso porque, a plataforma não exige documentação junto aos órgãos de controle -, o fato de a empresa não compartilhar o cadastro de clientes, e de apresentar erros graves no que tange à gestão de fraudes:

“Para se ter uma ideia, a Fhoresp pediu ao iFood a obrigatoriedade de alvará de funcionamento do estabelecimento ou o expedido pela Vigilância Sanitária como condição para atuar na plataforma. Contudo, foi negado. Isso é um risco à saúde pública, porque não se tem garantia de onde o consumidor está comprando a alimentação, a procedência dos produtos, bem como o armazenamento e a manipulação”, alerta.

Na disputa do mercado de entregas, a 99Food anunciou, em abril, seu retorno ao mercado on-line, com direito à estratégia parecida com a da Rappi. A isenção, neste caso, para cadastrados, vale por dois anos. Até então, os restaurantes se viam obrigados a aumentar o valor no cardápio para cobrir as taxas, que variam de 18% a 32%:

“Sem o monopólio, temos, hoje, um cenário que possibilita ao empresário da Refeição Fora do Lar migrar para plataformas que permitam obter um lucro que dê sustento ao próprio negócio, não ficando à mercê de uma só plataforma e que tem arrasado todo o setor”.

Motoboys
Em meio à briga entre os gigantes do delivery, há aqueles que trabalham na ponta final dos serviços: os entregadores. Recentemente, a Fhoresp apoiou o movimento grevista contra o iFood. A categoria realizou paralisação nacional em 31/3, por melhores condições de trabalho e o aumento na remuneração das entregas:

“É urgente repensar o modelo destas plataformas on-line com respeito aos estabelecimentos e aos entregadores. Sem quem faz a comida e sem quem entrega a comida, não tem delivery – simples assim! destaca o diretor-executivo da Fhoresp.

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