Treinando em São Caetano do Sul desde seus 14 anos de idade, Hugo Calderano conquistou a medalha de prata no Mundial de Doha (Catar), após perder a final para o chinês Wang Chuqin por 4 a 1 (12/10, 11/3, 4/11, 11/2 e 11/7). Agora, como vice-campeão mundial, Calderano vai para a Europa, onde disputou no início de junho a final da Bundesliga (Campeonato Alemão) e, depois, alguns torneios do circuito mundial.
A conquista da prata tem de ser bastante enaltecida, pelo fato de Calderano ter se tornado o primeiro mesatenista fora do eixo Euro-Asiático a chegar a uma final de Mundial. Para chegar à final inédita, Calderano passou pelo mexicano Rogélio Castro (4 a 1), na primeira rodada; pelo tunisiano Wassim Essid (4 a 0), na segunda rodada; pelo cazaque Kirill Gerassimenko (4 a 2), na terceira rodada; pelo nigeriano Quadri Aruna (4 a 0), nas oitavas-de-final; pelo coreano An Jae-Hyun (4 a 1), nas quartas-de-final; e pelo chinês Liang Jingku (4 a 3), na semifinal.
Graças à prata inédita de Calderano, o Brasil entrou no seleto grupo de 15 países a terem um finalista na chave de simples masculina do Mundial de Tênis de Mesa em suas 58 edições – o Mundial é disputado desde 1926. Para se ter uma ideia da grandiosidade da conquista de Calderano, são 11 países europeus (Alemanha, Áustria, Belarus, Bélgica, França, Hungria, Inglaterra, Iugoslávia, Polônia, Suécia e Tchecoslováquia), três asiáticos (China, Coreia e Japão) e o Brasil.
MAIS HISTÓRIA
Além da inédita prata de Hugo Calderano, o tênis de mesa de São Caetano e do Brasil foi representado por Bruna Takahashi, que também fez história ao se tornar a primeira brasileira a chegar às oitavas-de-final de um Mundial de Tênis de Mesa.
Bruna, número 16 do mundo – com a classificação ganhou oito posições no ranking – , fez uma partida equilibrada contra a chinesa Chen Xingtong, mas acabou derrotada por 4 a 1 (10/12, 11/7, 11/8, 11/5 e 11/9). Além de Hugo Calderano e Bruna Takahashi, São Caetano também foi representado pelo técnico da seleção brasileira Francisco ‘Paco’ Arado.
