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Fórum dos Comitês de Fomento é criado


para fortalecer a indústria química nacional

Iniciativa une Abiquim e polos petroquímicos de todo o país em torno
de uma agenda comum de competitividade, sustentabilidade e inovação

Nesta quinta-feira (13), foi realizada, na sede da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a cerimônia de lançamento do Fórum de Comitês de Fomento à Indústria Química — iniciativa que consolida um espaço permanente de diálogo e cooperação entre os principais polos petroquímicos do país. O evento também marcou a assinatura da Carta Conjunta dos Comitês de Fomento à Indústria Química, documento que estabelece princípios e compromissos voltados ao fortalecimento e ao desenvolvimento sustentável do setor.

A cerimônia contou com a presença de André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, e dos representantes dos comitês regionais: Alexandre Fagundes (Assecampe/RJ); Carlos Alfano (COFIC/BA); Laudemir Sarzeda, Francisco Ruiz e Luiz Antonio Pazin (COFIP/ABC); Nelzo Luiz Neto da Silva e Sidnei Anjos (COFIP/RS); e Ricardo Salgado e Silva (Polo Cubatão/SP).

Em sua fala de abertura, André Passos Cordeiro destacou que o Fórum representa um marco histórico para o setor, ao criar um canal permanente de interlocução entre os polos e a Abiquim, integrando ações regionais e nacionais em torno de uma mesma agenda estratégica.

“A função da Abiquim é somar esforços, unindo todas as pontas da indústria para fortalecer nossa competitividade e criar um ambiente de negócios mais eficiente no país. Este Fórum nasce com o propósito de afinar a sintonia entre as agendas locais e a atuação nacional, transformando desafios comuns em oportunidades concretas de crescimento”, afirmou. “O fortalecimento do setor passa por uma ação articulada que envolve não apenas a interlocução com o poder público, mas também a construção de uma opinião pública favorável à indústria química, reconhecendo seu papel essencial para o desenvolvimento socioeconômico sustentável do Brasil”, completou.

O Fórum nasce com o propósito de promover o diálogo qualificado, a cooperação e a construção de soluções efetivas e sustentáveis para o desenvolvimento do setor. Entre seus pilares estão inovação, sustentabilidade, segurança operacional, valorização de pessoas e transparência. A iniciativa busca ainda fortalecer a competitividade regional, impulsionar políticas de transição energética e ampliar a interlocução com governos, academia e sociedade.

Durante o evento, os presidentes dos comitês regionais reforçaram o papel estratégico dos polos petroquímicos para a economia nacional e a importância de uma atuação conjunta sob a coordenação da Abiquim — cada um trazendo perspectivas complementares sobre os desafios e oportunidades do setor.

Ricardo Salgado e Silva, diretor-executivo do Comitê de Integração e Desenvolvimento (CID), ressaltou o valor da iniciativa para aproximar agendas e ampliar o olhar estratégico da indústria. “Essa iniciativa da Abiquim é extremamente nobre, pois propõe orquestrar ações conjuntas entre polos que, embora tenham particularidades, enfrentam desafios comuns. Muitas vezes estamos absorvidos por questões locais, mas há pautas — como logística, infraestrutura e meio ambiente — que afetam a todos. Este Fórum cria o espaço necessário para tratar esses temas de forma estratégica e coordenada, olhando não apenas para a preservação, mas para o desenvolvimento sustentável da indústria química brasileira.”

Na mesma linha, Laudemir Sarzeda, gerente executivo do COFIP ABC, destacou que a criação do Fórum representa um momento oportuno para unir forças e alinhar estratégias. “Vivemos um período de grandes desafios para a indústria, especialmente a química. A iniciativa da Abiquim é fundamental para integrar ações, compartilhar soluções e construir uma agenda comum de competitividade e sustentabilidade. Iniciamos aqui uma jornada importante, que só será bem-sucedida se estivermos alinhados em torno de um mesmo propósito: fortalecer a indústria nacional”, afirmou.

Representando o Polo do Rio de Janeiro, Alexandre Fagundes, presidente da Assecampe, lembrou que a integração entre os polos pode transformar conhecimento acumulado em resultados concretos. “Temos muito conhecimento técnico, muitos estudos e propostas bem estruturadas — agora precisamos transformar tudo isso em execução. A indústria química é vital para o desenvolvimento do país, e este Fórum será um espaço para dar voz às nossas pautas e força às nossas ações conjuntas. Em um estado como o Rio de Janeiro, onde a economia é fortemente ligada ao petróleo e gás, essa união é fundamental para reerguer a indústria química e fortalecer nossa presença produtiva”, destacou.

Carlos Alfano, presidente do Conselho de Administração do COFIC Bahia e diretor industrial da Braskem na Bahia, reforçou a importância de alinhar o discurso e o timing das agendas regionais e nacionais. “Temos uma grande oportunidade de atuar de forma integrada, dando mais peso às pautas estratégicas que são comuns a todos os polos. Cerca de 90% das nossas dores são as mesmas — e quando conseguimos falar a mesma língua, o impacto em Brasília e nos fóruns de decisão é muito maior. A Abiquim tem papel central nesse processo, de nos ajudar a organizar, priorizar e dar consistência às nossas agendas”, afirmou.

Já Nelzo Luiz Neto da Silva, presidente do conselho do COFIP RS e diretor industrial da Braskem, ressaltou que a iniciativa amplia a capacidade de articulação e o alcance das pautas do setor. “Até agora, nossa interação entre os comitês era muito pontual, voltada à resolução de problemas imediatos. O Fórum nos dá a chance de elevar o patamar das discussões, conectando os temas locais a uma agenda estratégica nacional, conduzida pela Abiquim. Essa convergência é essencial para fortalecer a competitividade da indústria química e enfrentar desafios concretos que impactam o futuro do setor”, observou.

A Carta Conjunta assinada pelos representantes estabelece uma agenda colaborativa e de longo prazo, com metas voltadas à integração entre os polos, promoção da inovação, segurança operacional, descarbonização e formação de pessoas. O documento também reforça o compromisso com práticas éticas e transparentes, estabelecendo tolerância zero a qualquer tipo de corrupção ou suborno.

Para a Abiquim, o Fórum representa um marco na consolidação de uma governança setorial mais integrada e representativa, alinhada aos desafios contemporâneos da competitividade industrial e da sustentabilidade. “Este é um passo essencial para transformar os desafios que vivemos em oportunidades de crescimento e inovação compartilhada”, reforçou André Passos Cordeiro.

Após a assinatura, os participantes participaram de uma reunião de trabalho, na qual foram apresentados os temas prioritários a serem conduzidos pelo Fórum em 2026, e encerraram o encontro com um momento de integração e networking entre os polos.

Abiquim – Com 61 anos, a Associação Brasileira da Indústria Química é uma entidade sem fins lucrativos que congrega indústrias químicas de grande, médio e pequeno portes, bem como prestadores de serviços ao setor químico nas áreas de logística, transporte, gerenciamento de resíduos e atendimento a emergências. A Associação realiza o acompanhamento estatístico do setor, promove estudos específicos sobre as atividades e produtos da indústria química, acompanha e contribui ativamente para as mudanças na legislação em prol da competitividade e desenvolvimento do setor e assessora as empresas associadas em assuntos econômicos, técnicos e de comércio exterior. Ao longo dessas seis décadas de existência representando o setor químico, a Abiquim segue com voz ativa, dialogando com seus stakeholders e buscando soluções para que a indústria química brasileira faça o que vem fazendo de melhor: ser a indústria das indústrias.

Sobre a Indústria Química
Provedora de matérias-primas e soluções para diversos setores econômicos – agricultura, transporte, automobilístico, construção civil, saúde, higiene e até aeroespacial – a indústria química instalada no Brasil é a mais sustentável do mundo. Para cada tonelada de químicos produzida, ela emite de 5% a 51% menos CO2 em comparação a concorrentes internacionais, além de possuir uma matriz energética composta por 82,9% de fontes renováveis – no mundo, essa média é de 28,6%. Esta marca só foi possível graças a uma série de pesquisas, inovações e melhorias que foram introduzidas pela química ao longo dos anos, paulatinamente, como a eletrificação de equipamentos e produção in loco de energia renovável, bem como a migração de fontes fósseis para insumos alternativos, como o etanol.





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