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Sabres inicia trajetória na 2ª Divisão em busca do sonho de subir à elite do basquete adaptado


Time do IBISC mira classificação em Niterói com reforços veteranos, nomes de peso e jovens do projeto social que transforma atletas em protagonistas

A equipe de basquete em cadeira de rodas do Sabres chegam neste fim de semana a Niterói, no Rio de Janeiro, com a sensação de atravessar uma porta nova no esporte adaptado brasileiro. A equipe do IBISC (Instituto Brasileiro de Inclusão Sociocultural) disputa pela primeira vez a 2ª Divisão do Campeonato Brasileiro de Basquete em Cadeira de Rodas, de 6 a 12 de dezembro, e vive um momento raro, daqueles que acontecem quando experiência e renovação caminham juntas. O time comandado pelo técnico Mozart Vasconcellos chega com dez atletas inscritos, entre eles reforços que mexem com qualquer leitura técnica da competição, incluindo Alex Lobos, maior cestinha da história do torneio, veterano que retorna como armador e referência para os mais jovens.

A presença de atletas experientes, jogadores que voltam ao elenco depois de passagens por divisões superiores e um grupo de novos talentos formados no próprio projeto criam um elenco equilibrado e competitivo para a primeira vez na categoria.

A competição reúne 12 equipes divididas em três grupos. Na primeira fase, o líder garante classificação direta para a 1ª Divisão de 2026 e vaga na semifinal. A melhor campanha entre os segundos colocados também sobe imediatamente. Os demais disputam colocações intermediárias e brigam para escapar do rebaixamento aos Regionais, o que torna cada jogo um ponto de virada possível em um campeonato de tiro curto. A equipe estreia no dia 7, contra a ADAP/GO, encara a ADESC/GO no dia 9 e fecha a primeira fase contra a ASPEDE/RS, no dia 10. A programação oficial indica abertura no dia 7, às 16h10, e encerramento no dia 12, após a final.

O técnico Mozart Vasconcellos afirma que o time chega para disputar o acesso com seriedade e maturidade. “A nossa expectativa é classificar. Viemos da Divisão do Acesso no ano passado e hoje temos atletas de nível de 1ª Divisão reforçando o elenco. O Alex está com a gente, é o maior cestinha da história. Também temos jovens do projeto. É um grupo bem montado. A equipe chega bem, com, uma rotação boa.”

A preparação dos Sabres também revela a estrutura invisível que sustenta o esporte paralímpico no país. A equipe treina no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, mas competições internacionais recentes tomaram grande parte da agenda e das quadras disponíveis. O time buscou alternativas e encontrou apoio em São Bernardo do Campo. “Conseguimos uma parceria com a Prefeitura de São Bernardo para treinar no CREBA nesse final de preparação. Não é só ter uma quadra. A gente precisa de acessibilidade, espaço seguro para guardar cadeiras, ferramentas, rodas reservas. É uma logística complexa e ficamos muito gratos por terem aberto esse espaço para nós”, diz Mozart.

O IBISC vê a participação na 2ª Divisão como mais um capítulo de sua missão de inclusão sociocultural. O projeto forma atletas, fortalece trajetórias e amplia o acesso ao esporte adaptado em territórios onde a desigualdade ainda molda oportunidades. A campanha dos Sabres em Niterói carrega essa história nas rodas, nos arremessos e nas mãos que empurram cada jogada. A equipe joga por um lugar na elite, mas também por uma narrativa de pertencimento que o basquete adapta e devolve em forma de potência.





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