São Bernardo

Com inauguração nesta quarta, Escola de Formação da Educação resgata origem do Cenforpe

Aulas começam já no dia 12 e vão atender, inicialmente, 4.708 profissionais da rede municipal de São Bernardo e creches conveniadas; outros 564 entram no segundo semestre deste ano

 A Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Educação, trabalha os últimos detalhes para a inauguração da Escola de Formação dos Profissionais da Educação (Efope) Marta Teixeira, nesta quarta-feira (11/6), resgatando as origens do Cenforpe. O equipamento, inicialmente, atenderá 4.708 professores da rede municipal e creches conveniadas. As salas de aula, que vão receber professores desde a creche (inclusive as parceiras) até a Educação de Jovens e Adultos (EJA), passam por pequenos ajustes antes de o local voltar a ser a ‘casa’ dos educadores de São Bernardo, que a partir de agora terão espaço para processo de formação permanente.

Em um primeiro momento a unidade ocupará sete salas de aula – serão 12 – no Centro de Formação dos Profissionais da Educação (Cenforpe), inaugurado em 2004 com o objetivo de atuar na formação continuada dos profissionais da rede municipal. O início das aulas neste novo ciclo, no dia 12 de junho, marca a retomada do foco traçado quando a Prefeitura decidiu construir o Cenforpe. Isso porque, nos últimos anos, a proposta ficou praticamente abandonada, pois foram raras as atividades voltadas aos profissionais da Educação.

A Escola de Formação tem como meta buscar a qualificação do ensino na rede municipal por meio da formação permanente dos professores e tem, como um dos objetivos, ampliar as oportunidades de aprendizagem dos estudantes. “Neste caso, em específico, não somente aquilo que é medido em avaliações de larga escala ou mudanças de comportamento, mas sobretudo o que as crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos atendidos por nossas escolas constroem, reconstroem e transformam por meio dos percursos escolares”, comentou Daniela Baldan, diretora da Efope.

Para permitir que todos os professores da rede possam participar da formação, a coordenação da escola organizou todos em diferentes grupos ao longo das quatro semanas do mês (as aulas serão uma vez ao mês). O objetivo da divisão é minimizar o número de saída de professores da mesma escola, no mesmo dia, e permitir que o mesmo formador atenda à maioria dos docentes de cada modalidade (como do 1º e 2º ano ou 3º, 4º e 5º e assim por diante).

“Portanto, todos os dias teremos em formação professores da creche à EJA, e vale destacar que os docentes do Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Intelectual (AEE-DI) estão inseridos nos diferentes grupos, sempre vinculados à modalidade de atendimento com a qual atuam no dia a dia”, explicou a diretora. Ela diz, ainda, que a formação dos professores ocorre de terça a quinta-feira, enquanto as segundas-feiras ficam reservadas para qualificação dos coordenadores.

Conforme o cronograma preparado pela direção da escola, no segundo semestre deste ano mais 564 professores, de Educação Física, Arte e Inglês, serão incorporados aos 4.708 que iniciaram o curso de formação, além de 255 coordenadores pedagógicos, elevando para 5.527 o número de profissionais atendidos na unidade. O propósito da Secretaria de Educação para 2026 é incluir os 1.006 professores substitutos, de forma que a escola passe a ofertar a formação continuada aos 6.533 profissionais que atuam diretamente com os cerca de 72 mil alunos da rede municipal.

ESCOLHA DO NOME – A Secretaria de Educação decidiu que a escolha do nome que batizaria a Escola de Formação deveria envolver profissionais das 177 unidades da rede municipal, mas a indicação seria de livre escolha. O resultado, das 100 escolas que responderam ao chamado, não apontou nenhum personagem conhecido nacional ou mundialmente, e sim alguém que fez parte do dia a dia dos profissionais da Educação do município ao longo de anos: Marta Silva Nascimento Teixeira.

Nascida em 8 de março de 1977 na cidade de Santo André, ainda pequena migrou para Salvador, na Bahia, onde passou sua infância e adolescência, e ali, ainda criança descobriu a profissão que queria seguir: professora. Em Salvador, formou-se no magistério. Em meados de 1994, retornou com a família para São Paulo e assim pôde ter seu primeiro contato com a sala de aula. Foi professora do Estado, em Mauá, Santo André e São Bernardo, cidade que em 2012 ingressou na gestão escolar da rede municipal como coordenadora pedagógica.

É graduada em Pedagogia pela Fundação Santo André e pós-graduada nas áreas de supervisão escolar e psicomotricidade. Iniciou o mestrado em gestão e práticas educacionais em 2021, mas não terminou: faleceu em 19 de setembro de 2022.
Esteve envolvida em diferentes projetos e programas educacionais oferecidos pela rede municipal de São Bernardo atuando como formadora. Marta foi casada com Paulo, com quem teve dois filhos: João Vitor e Guilherme.

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