A Secretaria da Segurança Pública (SSP) adquiriu cinco novos ônibus para a Polícia Militar. Os veículos serão utilizados para transportar policiais e bombeiros em trajetos intermunicipais. Pelo menos 34 mil militares moram em cidades diferentes do local de trabalho.
O investimento para a compra dos ônibus foi de R$ 5,1 milhões com recursos do Fundo de Incentivo à Segurança Pública (Fisp). Com os veículos próprios, a estimativa é de uma economia de até R$ 60 milhões por ano aos cofres do estado. Até então, o governo paulista gastava cerca de R$ 5 milhões mensais com o transporte dos militares.
“Esses ônibus vão garantir não só economia, mas também preservação da saúde e redução da vitimização dos policiais, fornecendo transporte seguro e confiável para eles. Assim, poderão se deslocar de forma mais segura e confortável, reduzindo riscos de acidentes ou incidentes durante o trajeto”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. A entrega dos novos veículos aconteceu nesta quinta-feira (26), no Centro de Motomecanização da PM, na região do Carandiru, zona norte de São Paulo.
O governo de São Paulo pagava mensalmente à Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) para oferecer transporte aos policiais nos deslocamentos entre a cidade natal e o local de trabalho. A medida, assinada em decreto, começou na época da pandemia de covid-19 e se estendeu até outubro de 2023, quando a gratuidade foi encerrada.
A mudança em 2023 gerou um estudo técnico para avaliar as opções para o estado. O Grupo Setorial de Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas (GSPOFP), da SSP, analisou alternativas para viabilizar o transporte.
Uma das medidas estudas foi a terceirização do serviço. No entanto, o custo de cerca de R$ 50 milhões anuais foi considerado elevado. Outra opção foi realizar o transporte com veículos próprios, como acontece nos Comandos de Policiamento das regiões de São José do Rio Preto e Presidente Prudente. A operação denominada Transporte Seguro deu resultado e inspirou a expansão da iniciativa, principalmente por causa da segurança e da economia.
“Fizemos diversas pesquisas, até que chegamos a ideia de comprar os ônibus. Calculamos os possíveis custos com manutenção e combustível e concluímos que essa seria a melhor opção para o tesouro estadual”, afirmou o capitão Gustavo Maciel, coordenador do GSPOFP.
Cerca de 34 mil policiais não moram nas cidades onde trabalham ou estudam
Durante a fase de planejamento, a Polícia Militar realizou um diagnóstico para identificar a demanda de transporte para os policiais que moram no interior paulista e trabalham na região metropolitana do estado. Conforme o levantamento, cerca de 34 mil moram em cidades diferentes do local de trabalho. Isso acontece, principalmente, com os militares que estão no início de carreira.
O programa priorizará os policiais em unidades de formação, como escolas de soldados e sargentos. Eles poderão se inscrever para utilizar o transporte por meio de um link ou aplicativo, e as vagas serão disponibilizadas de acordo com a demanda para cada área do estado. As informações devem ser conferidas diretamente com o Comando de Policiamento da região onde o interessado atua.
Fonte: SSP/SP