Atuação conjunta da GCM, da Secretaria de Saúde e da Comissão Especial de Fiscalização sobre Adulteração de Bebidas Destiladas, da Câmara Municipal, vistoriou nesta sexta-feira três estabelecimentos
Ação conjunta entre a GCM (Guarda Civil Municipal) de São Bernardo, a Secretaria de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Ambiental e do Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) do município, a Secretaria de Serviços Urbanos e a Comissão Especial de Fiscalização sobre Adulteração de Bebidas com Metanol, da Câmara Municipal, resultou na apreensão de mais de 1.000 garrafas vazias de vodka em um ferro velho do Riacho Grande. A apreensão faz parte do esforço do poder público para identificar e quebrar a cadeia de falsificação e adulteração de bebidas destiladas com metanol na cidade.
No local, na Rua Jaciporã, foram encontrados casos de garrafas, mas havia denúncia de que, 24 horas antes, o espaço abrigava centenas de engradados com garrafas vazias. Após pressão dos agentes da Vigilância Ambiental e do Cerest e dos vereadores, os proprietários do estabelecimento informaram que as garrafas foram guardadas na residência do casal. Um caminhão da Secretaria de Serviços Urbanos recolheu as garrafas que serão destinadas às duas cooperativas de reciclagem de resíduos da cidade, Cooperluz e Reluz.
O secretário adjunto de Segurança de São Bernardo, Michael Rúbio, destacou que essas ações são fundamentais para evitar que as garrafas sejam comercializadas e utilizadas para envasar bebidas adulteradas. “Esse trabalho em conjunto é o que garante o sucesso da nossa ação de enfrentamento. São Bernardo está no epicentro da série de contaminações e o poder público está empenhado em encontrar os responsáveis”, pontuou.
ORIENTAÇÃO – O coordenador da Vigilância em Saúde do Trabalhador, Osvaldo Camargo, explicou que os proprietários do ferro velho foram orientados e assinaram um termo de compromisso, podendo ser multados e até fechados em caso de reincidência. Desde outubro, a Lei Municipal 7.487/25 proíbe a comercialização de garrafas vazias de destilados do município. “Nós já vistoriamos mais de 20 locais como esse e apenas aqui os proprietários se negaram a apresentar documentos que comprovem quem são os compradores dessas garrafas”, relatou. “Já sabemos que, na maioria dos estabelecimentos, as vendas são para dois grandes compradores de São Paulo e essa informação já foi passada para a Polícia Civil”, completou.
O vereador Julinho Fuzari (Cidadania), presidente da Comissão Especial de Fiscalização sobre Adulteracão de Bebidas com Metanol da Câmara, pontuou que com a proibição de venda de garrafas vazias de destilados no município, esses locais podem perder o alvará de funcionamento caso infrinjam a lei. “Em todos os depoimentos que temos recebido na comissão, os delegados, os representantes de bares, são unânimes em afirmar que a venda de garrafas vazias é um dos principais elementos da cadeia de falsificação e é esse ciclo que nós estamos desmontando”, concluiu.
APOIO – A fiscalização passou em outros dois estabelecimentos, onde não foram encontradas garrafas. Em uma empresa de reciclagem de papéis e aparas, no Alvarenga, o proprietário Diogo Pereira Lopes apoiou a ação. “Se não estrangular no reciclador, que recebe essas garrafas, isso não termina. Aqui a gente não comercializa vidro, mas quando alguém entregava, a gente destinava para as cooperativas. Agora, a gente nem aceita mais”, afirmou.












