Uma rede de receptadores de celulares roubados foi desarticulada nesta terça-feira (4), durante a segunda fase da operação Mobile Strike, da Polícia Civil de São Paulo. Dois homens e uma mulher foram detidos após o cumprimento dos mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça.
As prisões foram realizadas em um prédio no centro da capital, onde na parte de baixo funcionava um estabelecimento comercial utilizado como fachada para a atividade ilícita. No cumprimento das ordens judiciais, os investigadores apreenderam 43 celulares, que serão analisados para verificar a origem do produto.
Durante as diligências foram recolhidos oito capacetes, seis relógios, um veículo de luxo, um simulacro de arma de fogo, anéis, colares e uma bolsa térmica utilizada para esconder os celulares e impedir o rastreamento. A ação ocorreu nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mauá e Suzano.
Além das prisões, 11 pessoas foram conduzidas ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para prestar depoimentos. Elas passarão a ser investigadas por envolvimento no crime.
‘Central’ de celulares roubados descoberta na Barra Funda
O imóvel fica localizado na Barra Funda, zona oeste da capital. No local era realizada a triagem dos aparelhos, que chegavam por meio de entregas por aplicativo enviadas por outros criminosos. 74 celulares de origem suspeita foram apreendidos pelos investigadores.
Os alvos das operações agiam como uma organização criminosa, com estrutura hierarquizada e funções bem definidas entre eles. Havia os responsáveis por roubar os aparelhos, os que revendiam ao comércio clandestino, inclusive para o exterior, e os que facilitavam o trâmite entre o roubo e a venda.
As investigações apontaram que a quadrilha movimentava cerca de 20 a 30 celulares por dia no esquema criminoso.
A operação de hoje, que contou com o efetivo de 110 policiais civis, foi planejada para atingir o núcleo financeiro e logístico da quadrilha, enfraquecendo as estruturas que sustentam o comércio ilegal de dispositivos.
Os investigadores agora trabalham para descobrir para onde os celulares roubados eram revendidos.












