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NASCE 1ª ARARA-AZUL-DE-LEAR DE 2025 NA ‘MATERNIDADE’ DOS ANIMAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO


Ave é filha de casal apreendido do tráfico; depois de aprender a voar e se alimentar sozinha, ararinha será avaliada e poderá ter vida livre

Nasceu a primeira arara-azul-de-lear de 2025 no Núcleo de Conservação da Fauna Silvestre (Cecfau), mantido pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil). O nascimento da ararinha ocorreu no dia 3 de janeiro. Com esse filhote, são 14 os indivíduos da espécie no local, considerada a “maternidade” de animais ameaçados de extinção. Em 2024, 6 araras-azuis-de-lear nasceram no Cecfau.

Ainda não se sabe o sexo da ave, que está sendo cuidada “na mão” no Cecfau. Isso significa que está sendo alimentada pelos profissionais e mantida no berçário, que fica em Araçoiaba da Serra, no interior paulista. Os pais, batizados de Maria Eduarda e Dumont, são vítimas do tráfico de animais, foram recuperados pela equipe da “maternidade” e vão seguir sendo cuidados no local. Já a nova ararinha, depois que aprender a voar e a se alimentar sozinha, será avaliada e poderá ser transferida para outra instituição e, posteriormente, solta na natureza. 

O Cecfau integra o Programa de Manejo Populacional da Arara-azul-de-lear desde sua inauguração, em 2015, com o objetivo de auxiliar na conservação da espécie por meio de ações como as de projetos de conservação integrada. O centro se consolidou como referência na reprodução e conservação ex situ de espécies ameaçadas de extinção, ou seja, fora de seu habitat. É o local onde os pesquisadores promovem a procriação desses animais para evitar o desaparecimento deles e também garantir, quando possível, a reinserção deles na natureza.

Desde 2019, 22 filhotes de araras-azuis-de-lear nasceram no núcleo e, ao todo, 10 indivíduos já foram enviados para soltura na região do Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na Bahia.

A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é uma ave endêmica brasileira que costuma viver em família, bando ou grupos na região da caatinga, no nordeste do estado da Bahia. As araras utilizam os paredões rochosos de arenito-calcário, que são cheios de fendas, como ninhos e dormitório. São consideradas algumas das aves mais inteligentes e possuem certa fidelidade aos locais de alimentação e reprodução, sendo difícil encontrá-las sozinhas em vida livre.

É um pouco menor do que a arara-azul-grande e possui uma cauda longa e bico poderoso. Ela mede cerca de 75 centímetros, pesa 950 gramas e pode viver, em média, 50 anos na natureza. A plumagem é na cor esverdeada na cabeça e pescoço, desbotada na barriga, e cobalto na parte superior das asas e cauda. Possui ainda manchas amarelas características que ficam próximas ao bico.

A ave se alimenta de coquinhos da palmeira Licuri (Syagrus coronata), embora também busque outros itens alimentares, como baraúnas, pinhões, umbus, mucunãs e até milhos-verdes. O tráfico de animais silvestres e a destruição do habitat são os principais fatores de ameaça desta espécie, considerada em perigo de extinção.





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