Política

Nunes atende Adrilles e rompe contrato com OS gerenciada por homem que comemorou morte de Charlie Kirk


Parlamentar do União Brasil-SP mobilizou na Câmara de São Paulo pedido de rescisão de convênio da Prefeitura com a Sustenidos, responsável pela administração do Theatro Municipal; medida foi tomada após empresa resistir em demitir Pedro Guida por fala sobre assassinato ocorrido nos Estados Unidos

Após o vereador de São Paulo-SP Adrilles Jorge (União Brasil) reivindicar, via ofícios, a quebra do contrato entre a Prefeitura e a Organização Social (OS) de Cultura Sustenidos, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pediu formalmente que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) desse início ao cancelamento. A medida foi tomada pelo parlamentar em razão de a entidade se opor a demitir Pedro Guida, que, publicamente, comemorou o assassinato de Charlie Kirk.

A Sustenidos foi contratada para administrar o Theatro Municipal. Gestor de elencos da OS, Guida compartilhou nas redes sociais uma publicação afirmando que o influenciador de direita norte-americano, executado com um tiro fatal no pescoço, no último dia 10, “mereceu morrer por ser nazista”. O assassinato ocorreu enquanto Kirk palestrava num evento, na Universidade Utah Valley, na cidade de Orem, nos Estados Unidos. Aos 31 anos, ele era casado e tinha dois filhos.

Assim que teve conhecimento do vídeo de Guida e sabendo de sua ligação com a OS responsável pela gestão do Theatro Municipal, Adrilles mobilizou a Câmara e conseguiu 25 vereadores da Casa como signatários do ofício endereçado a Nunes, solicitando a imediata rescisão do convênio da Sustenidos com o Executivo.

Para o parlamentar do União Brasil, a manifestação “politicamente ofensiva” de Guida, e que viralizou, em poucos minutos, agride os princípios constitucionais da administração pública, em especial os da legalidade, da impessoalidade e da moralidade, conforme normatiza o artigo 37 da Constituição Federal:

“Quando se fala em liberdade, inclusive a de expressão, de opinião, sou o primeiro a defender. Mas não podemos confundir liberdade com incitação ao ódio, com a celebração da execução de alguém, ainda mais quando isso parte de pessoa com vínculos de trabalho com a administração pública”.

Antes de o parlamentar provocar formalmente a gestão Nunes sobre o assunto, a linha de frente do Theatro Municipal sugeriu à entidade que desligasse Guida, por sua fala na Internet sobre a execução de Kirk. O prefeito de São Paulo também chegou a pedir “decisões mais rígidas” por parte da OS, “devido à repercussão negativa do caso”. Contudo, nenhuma atitude foi tomada pela empresa:

“A Sustenidos foi longe demais, ao manter em seu expediente um cidadão que reverbera nas redes sociais o prazer pela morte de um cristão, brutalmente assassinado. Mesmo alertada, a empresa manteve o homem no quadro de funcionários. Não é possível a Prefeitura dar continuidade a uma relação jurídica com uma organização conivente com este tipo de conduta”, critica Adrilles.

Na quinta-feira (18/9), Nunes solicitou à PGM que providenciasse a revisão do contrato da Prefeitura com a Sustenidos.

Para Adrilles, as circunstâncias colocaram em risco o valor, a reputação e a credibilidade da gestão cultural do município:

“A decisão do prefeito (de São Paulo) Ricardo Nunes (MDB) em suspender o contrato com a Sustenidos é acertada. Esta OS deve receber a repulsa de todo cidadão paulistano, sobretudo de quem frequenta o Theatro Municipal. Não é razoável a maior cidade da América Latina compactuar com uma companhia que aceita a celebração da morte de um homem, de um pai de família”, conclui.





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