Santo André

Pela FNP, Gilvan é eleito vice-presidente para comandar PEC que alivia contas dos municípios

O prefeito de Santo André, Gilvan Júnior, foi eleito nesta segunda-feira (7), em Brasília, vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com a missão de liderar a articulação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, que busca aliviar as contas dos municípios em relação ao pagamento de precatórios.

A PEC estabelece um novo regime de pagamento mais equilibrado para os entes federativos e prevê limites proporcionais à dívida de cada município. O objetivo é permitir que as cidades possam quitar suas obrigações judiciais sem comprometer a prestação de serviços essenciais à população.

Com a Câmara dos Deputados já tendo indicado o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) como relator e o deputado Romero Rodrigues (Podemos-PB) como presidente da comissão especial da PEC, coube à FNP a indicação de um representante municipalista para acompanhar a tramitação. O escolhido foi o prefeito de Santo André, Gilvan.

“Assumir essa missão é, antes de tudo, uma responsabilidade com as cidades brasileiras que lutam diariamente para manter as contas equilibradas e os serviços funcionando. A PEC 66 representa uma oportunidade concreta de organizar o pagamento de precatórios de forma mais justa e realista, garantindo que os municípios possam continuar investindo em saúde, educação e infraestrutura. Vamos trabalhar com firmeza para construir um consenso no Congresso”, afirmou Gilvan.

A FNP reforçou o pedido de celeridade na tramitação da PEC em ofício encaminhado ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e apresentou sugestões de ajustes ao texto original. Hoje, a proposta define as seguintes faixas de comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL):
• Estoque até 2% da RCL: pagamento anual de 1%
• Estoque entre 2% e 20%: pagamento anual de 2%
• Estoque entre 20% e 25%: pagamento anual de 4%
• Estoque entre 25% e 30%: pagamento anual de 5%

No entanto, o texto atual não contempla municípios cujo estoque ultrapasse 30% da RCL nem apresenta alternativas para cidades sem dívidas em mora.

Como alternativa, a FNP propõe um escalonamento mais proporcional e realista:
• 1% da RCL para municípios com estoque de até 15%
• 2% para estoques entre 15% e 30%
• 3% para estoques entre 30% e 49%
• 4% para estoques acima de 49%

*R$ 78 milhões de economia para Santo André*

Esse modelo proporcionaria maior sustentabilidade fiscal sem deixar de atender os credores. “Caso a PEC avance com os parâmetros que estamos propondo, Santo André poderá economizar cerca de R$ 78 milhões por ano. Esse valor pode ser redirecionado para investimentos em saúde, educação e áreas essenciais da nossa cidade”, explica Gilvan.

Outro ponto defendido pela FNP é a permissão para uso do superávit dos fundos municipais em áreas estratégicas, como Saúde e Educação. Como são recursos próprios dos municípios, a medida não gera custos adicionais à União, apenas amplia a autonomia dos gestores locais.

“Estamos esperançosos de que a PEC avançará. Essa é uma demanda coletiva, que também foi reforçada por todos os prefeitos do Grande ABC por meio do Consórcio Intermunicipal”, completou Gilvan.

Artigos relacionados

Defesa Civil de Santo André presta ajuda humanitária a 100 famílias após fortes chuvas

Trabalho de assistência humanitária realizado ao longo da semana também envolveu a...

Confira o que abre e fecha em Santo André no aniversário da cidade

Serviços essenciais serão mantidos em esquema de plantãoA Prefeitura de Santo André...

Santo André vai ganhar nova área verde: o Parque Gerassi

Anúncio foi realizado durante assinatura da ordem de serviço para modernização do...

Parque Celso Daniel recebe nova edição do Saúde em Movimento nos Parques neste domingo

Ação itinerante nas áreas verdes de Santo André realizou mais 3 mil...