Programa que troca recicláveis por alimentos é uma importante política de mitigação e adaptação frente às mudanças climáticas
No segundo dia da COP30 (a trigésima Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), Santo André teve a oportunidade de apresentar o programa Moeda Verde ao embaixador brasileiro que preside o maior evento climático do planeta.
“Levamos o Moeda Verde ao conhecimento do presidente André Corrêa do Lago como um acelerador de adaptação das cidades, frente às mudanças climáticas. Esta importante política pública une reciclagem, agricultura urbana e recuperação de espaços que eram pontos de descarte irregular de resíduos”, explica o prefeito Gilvan Ferreira.
Representando Santo André na COP30, o secretário de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Edinilson Ferreira dos Santos, explica que a iniciativa andreense, que troca 5 quilos de resíduos recicláveis por frutas, legumes e verduras, é uma “tecnologia social que contribui tanto para mitigar a emissão de gases de efeito estufa quanto para adaptar a cidade na produção de alimentos nos centros urbanos”.
Criada em 2017, a iniciativa contribui para incentivar o descarte correto de resíduos e a adesão à coleta seletiva, além de proporcionar segurança alimentar e sensibilizar os moradores para a importância da preservação do meio ambiente.
Além disso, o Moeda Verde envolve a população em ações de requalificação de pontos de descarte irregular de resíduos, transformando locais degradados em áreas verdes, estacionamentos e praças.
Ao diminuir o volume de resíduos que iria para o Aterro Sanitário Municipal, o programa não só amplia a vida útil do equipamento, como também minimiza a emissão de gases de efeito estufa, como metano e dióxido de carbono, gerados a partir da decomposição da matéria orgânica dos resíduos.
Outra importante transversalidade do programa é na agricultura urbana, já que parte dos alimentos entregues aos participantes é adquirido de hortelões que trabalham na cidade, garantindo o consumo de alimentos saudáveis para famílias em situação de vulnerabilidade social e a regeneração dos sistemas florestais.
O Moeda Verde tornou-se, em 2022, uma política permanente em Santo André ao ser instituído por lei. Ao longo dos seus oito anos de existência, já despertou interesse de diversos municípios, sendo replicado em Mauá, São Caetano do Sul, Amparo e Francisco Morato.












