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Sindicato dos Delegados de SP repudia morte de policial civil por sargento da PM: “Não é caso isolado”


Em Nota de Pesar e de Repúdio, Sindpesp classifica a política de Segurança Pública paulista como “equivocada”, com falhas graves e riscos aos agentes; entidade cobra do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) medidas para evitar novas tragédias

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) manifestou repúdio à morte do investigador da Polícia Civil Rafael Moura da Silva por um sargento da Polícia Militar (PM). Para o Sindpesp, não trata-se de caso isolado, ao passo em que o trágico episódio revela “uma política de Segurança Pública com falhas graves e que coloca em risco seus próprios agentes, inclusive, com consequências fatais”. A entidade soltou Nota de Pesar e de Repúdio sobre o caso.

Silva foi morto a tiros pelo sargento Marcus Augusto Costa Mendes, da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da PM. O fato ocorreu na zona sul da capital paulista, na sexta-feira (11/7). O investigador Marcos de Sousa também foi ferido à bala, mas está fora de risco. Os policiais civis faziam diligências, no momento, e foram atingidos por PMs da Rota que atuavam em outra operação, na mesma região.

Para a vice-presidente do Sindpesp, delegada Márcia Gomes Shertzman, tal tragédia evidencia “falha estrutural grave na política de Segurança Pública de São Paulo” e que precisa ser enfrentada com responsabilidade e urgência:

“Lamentavelmente, este episódio não é caso isolado. Ele reflete uma política de Segurança Pública equivocada, que tem estimulado a rivalidade entre as instituições policiais, em vez de promover a integração e o respeito mútuo entre os profissionais da área”, critica.

Para o Sindicato dos Delegados, uma sucessão de fatores vem contribuindo para uma fratura exposta entre as instituições policiais bandeirantes, não de hoje:

“A ausência de protocolos operacionais unificados, o descaso com a cooperação institucional entre a Polícia Civil – que é a Polícia Judiciária – e a PM, somados à adoção de medidas que, sistematicamente, desvalorizam os policiais civis, têm gerado falhas graves — com consequências fatais, como a perda irreparável de um servidor público em pleno exercício do dever”, acrescenta a delegada.

A vice-presidente do Sindpesp reitera o entendimento da entidade sindical de que a Segurança Pública deve ser tratada como uma política de Estado, e não como instrumento de poder. A entidade soltou Nota de Pesar e de Repúdio sobre o que está acontecendo em São Paulo entre as forças de segurança. O conteúdo também cobra providências do Governo do Estado sobre o assunto:

“Delegados e demais policiais civis exigem respeito institucional, valorização profissional e condições adequadas para o exercício de suas funções com segurança, dignidade e autonomia. Conclamamos o Governo do Estado (de São Paulo) a adotar medidas concretas e eficazes para evitar que tragédias como essa se repitam”.

A entidade defende, por exemplo, a inclusão, na Lei Orgânica da Polícia Civil, de dispositivos que reconheçam e valorizem os policiais civis:

“O povo paulista merece uma Segurança Pública eficiente, integrada e profissional — e não um sistema desarticulado e conflituoso, que coloca em risco seus próprios agentes”, conclui Márcia.

Coragem e compromisso
No manifesto de repúdio, o Sindicato dos Delegados externa, ainda, solidariedade aos familiares e aos amigos dos investigadores baleados e destaca que “Silva tombou no exercício de suas relevantes funções, defendendo a sociedade paulista com coragem e compromisso”.

O corpo do policial civil foi sepultado no Cemitério da Saudade de Taboão da Serra-SP, na quarta-feira (16/7).

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